P. P de que mesmo?

Certas situações, por menores que sejam, nos dão uma visão direta de todo intelecto/percepção que alguém pode possuir (ou não).

Saindo do Praia Hotel em nossa pausa para o almoço de um curso, nos dirigimos ao elevador. Estávamos no primeiro andar (andar P) e a escada parecia muito bem escondida, pois não a encontramos em dois dias. Decidimos (nós quatro) dividir um elevador com mais 4 mulheres da prefeitura de Carpina, como seus crachás denunciavam.

Todos lá dentro, apertados e felizes pela pausa, esperando que uma das mulheres apertasse o botão (eleita a tal função por estar ao lado do painel). É quando eu me assusto. Ela apertou P.

Intrigado e tentando ser educado, eu lhe disse: "Olha, nós estamos no andar P".

Ela muito sabiamente me respondeu: "Estou apertando P. P de porta!".

Eu ainda insito: "Mas isso é o andar".

Ela irredutível: "Não, é P de Porta".

Realmente, ando muito desatualizado de elevadores. Esse é o preço que se paga ao morar em uma casa. Hoje já existem botões inteligentes como o "P de porta" que adivinha se você quer abrir ou fechar a porta e, de quebra, te leva ao andar P(!!!). Isso vai além de minha compreensão. Principalmente como alguém de Carpina sabia disso e eu não. Sinto-me envergonhado por isso: Shame on me!

Só uma coisa continua me intrigando... porque logo abaixo dos botões dos andares e do "P de Porta" havia dois botões: Abrir e Fechar? Eles devem servir para o painel, ou então abrir e fechar o hotel, claro! Da próxima vez eu pergunto a ela!

Alguém me disse que você andou dizendo

Precisa dizer mais alguma coisa? Essa frase denuncia qualquer pessoa. Ironicamente ainda se pergunta “Quem?!” com um ar de surpresa, mas qualquer um sabe exatamente quem andou dizendo que você andou dizendo. O problema é quando você fala demais e deixa muitas pessoas sabendo.

Acho que isso vai ser um postulado de meu livro “A arte dos comentários alheios”. Seja discreto e sempre fale para todos como se você não fosse a pessoa dedurar. Fale sempre como falam com você. Não há nada mais precioso do que o “Alguém me disse...” quando se faz comentários alheios.

Mas sei que ainda tenho muito a aperfeiçoar. Alguém conhece mais alguma forma mais discreta de fazer comentários alheios. Não precisa nem conhecer, basta conhecer alguém que te disse uma vez uma forma.

Conversa de celular em ônibus dá cada coisa...

"Oi, tudo bom? ... tás onde? ... ah, eu to chegando... é porque eu vi uma batida policial aqui e fiquei preocupado... tá certo... Até já!".

Pensamento dispensável do dia

Eu odeio a democracia. Ela me faz assistir filmes horrivelmente dublados...

Pensamento dispensável do dia

Os direitos digitais acabam no momento em que se usam anéis.