24.2.06

Tudo de bom já foi feito - 1

A indústria cinematográfica deve estar em crise mesmo. Eles já fizeram tudo! Para compensar isso e parecer que ainda não fizeram tudo decidiram roubar os documentários. Primeiro alguns documentários são exibidos no cinema em horário especial. Depois eles se expalham para os outros horários. Depois você percebe que eles não são mais documentários.

O problema é que essa fórmula também não ia durar para sempre. Daí resolveram retomar uma coisa antiga, mas que sempre dá sucesso: biografias. Surgiram então um monte de biografias de pessoas importantes que realmente existiram ou existiam. Mas isso também era limitado. Então começaram a fazer biografias de pessoas que não existiam.

Foi nessa leva que começaram a fazer as biografias dos superheróis. Só que ao contrário das antigas, essas de agora tinham o advento dos efeitos especiais. Muitos filmes legais de superheróis foram lançados. Principalmente da DC e da Marvel. Agora já estão explorando heróis de outras editoras...

Daqui a pouco vou ver um galego musculoso soltando kame-hame-ha nas telinhas... nossa! Onde isso vai parar?

21.2.06

Diário de Campanha

Existe um mundo não muito distante daqui que é bastante estranho, lá as leis da física e da previsibilidade são modificáveis. Em locais chamados de mesa de rpg, jogadores nerd se reúnem para efetivar histórias impossíveis, ainda bem. Eis um caso que aconteceu numa dessas:

Mestre: Vocês encontram um grupo de guerreiros preparados para lutar.
Guerreiro amigo: Quantos são?
Mestre: Muitos!
Guerreiro amigo: Muitos quantos?!
Mestre: Guerreiro só conta 1, 2 e 3. Depois de 3 são muitos!

E assim o grupo descobriu que não importava contar, mas sim vencer...

4.2.06

Gosto não se discute

“Gosto não se discute”. E lá estava encerrada a cadeira de filosofia cuja proposta era discutir o que era estética. Conclusões: o trágico poder ser cômico que pode ser tudo. O belo é uma abstração masturbadamente individussocial. Nós damos valor monetário ao que é belo. O que não se entende não pode ser belo. E não chegamos a conclusão alguma.

Talvez seja uma tendência das turmas de comunicação isso. Serem de opiniões tão diversas que mesmo sendo iguais não se pode aceitá-las só porque são de outro. Afinal seria dar crédito a concorrência. Isso não é permitido. Por isso vamos ser marxistas chatos por natureza cheios de vontade de mudar o mundo. E não vamos... não temos interesse nisso e nem pode ser feito por nós. Mas é o nosso “dever moral como jornalistas”.

Vou lembrar disso. Mesmo que eu termine como um facista (como uma colega me chama) ou como um anarquista. Tenho dever moral de mudar alguma coisa em minha vida e na sociedade que me cerca. De uma lampada queimada a toda uma conjuntura social e econômica. Aquele japa americano falou em fim da história? Eu prefiro a destruição da história que está excessivamente materialista-histórica em prol de um futuro idealizado que seria talvez não mais justo, mas pelo menos mais meiguinho e estético.

Mas aí lembro que gosto não se discute. Como então fazer um futuro sem poder discuti-lo. Que droga, temos que discutir isso!