24.11.05

Rpg Inocentado

Texto tirado de http://www.rpg.com.br/index.php?categoria=3&id=733


RPG Inocentado


Carta aberta à mídia.

Peço a todos os jogadores de RPG que copiem este texto em seus blogs, sites, flogs, comunidades do orkut e onde mais puderem, pois não seremos mais usados como bodes expiatórios por delegados ineficazes, pastores evangélicos, vereadores oportunistas e jornalistas incompetentes. O texto abaixo dá nome aos bois: às vítimas, aos assassinos e aos oportunistas que usaram os crimes para se promoverem. Chega de notícias distorcidas, incompletas e tendenciosas.

TERESÓPOLIS
Em 14 e 20 de Novembro de 2000, na cidade de Teresópolis (RJ), duas garotas de 14 (Iara dos Santos Silva) e 17 (Fernanda Venâncio Ramos) anos foram estupradas, torturadas e estranguladas com um intervalo de seis dias entre os crimes.
Sônia Ramos, 42, madrasta de Fernanda, a segunda vítima, levantou a suspeita de que as atrocidades pudessem estar ligadas ao jogo por pura ignorância e desespero, porque sua filha (a VÍTIMA) era jogadora de RPG e andava na companhia de outros garotos que jogavam GURPS e Vampiro (sua alegação se baseou no fato de que sua filha andava as voltas "com pessoas que se fantasiavam de vampiros").
Inclusive a polícia chegou a prender injustamente um jogador de RPG, que não vou falar o nome porque o coitado era inocente e não merece ter seu nome publicado, mas que passou quatro dias na cadeia por causa deste absurdo.
O verdadeiro assassino das garotas, HUMBERTO VENTURA DE OLIVEIRA, de 25 anos, confessou o crime 6 dias depois da prisão do RPGista; era o jardineiro da casa e NUNCA sequer passou perto de um livro de RPG.

A imprensa irresponsável, assim como no caso famoso da "Escolinha Base", foi muito rápida em divulgar versões fantasiosas sobre o "jogo da morte", mas NUNCA publicou uma linha sequer se desculpando com os 400.000 jogadores de RPG que foram ofendidos em sua moral e prejudicados diante da sociedade.

OURO PRETO
No dia 10 de outubro de 2001, Aline Silveira Soares viajou do Espírito Santo com sua prima e alguns colegas para Ouro Preto para participar da "Festa do Doze", que é uma espécie de Carnaval fora de hora entre as faculdades da região, com R$40,00 e a roupa do corpo para passar três dias.
Segundo o laudo, Aline consumiu drogas durante o dia anterior ao de sua morte. Esta informação foi confirmada por diversas testemunhas que também participavam da festa, em Ouro Preto (testemunhas que foram solenemente ignoradas pelo delegado Adauto Corrêa após as investigações tomarem o rumo circence). Aline não tinha dinheiro e acreditou que conseguiria fugir do traficante sem pagar pela droga que consumiu, mas no dia de sua morte (14 de Outubro de 2001), foi abordada pelo criminoso no caminho de volta para a república onde estava hospedada (o cemitério fica exatamente no meio do trajeto entre o local da festa e a república). Testemunhas (que também foram ignoradas no inquérito oficial) disseram ter visto Aline conversar com um conhecido traficante da cidade na porta do cemitério algumas horas antes de sua morte.

De acordo com especialistas em crimes relacionados a drogas, Aline provavelmente teria se oferecido para ter relações sexuais com o traficante para pagar a dívida, pois as roupas da garota foram encontradas "cuidadosamente dobradas e dispostas ao lado do local do crime, sem nenhum indício de violência ou de coerção". Aline tomou o cuidado de deixar suas sobre uma das lápides, dobradas com a jaqueta por baixo, para que não sujassem.

Ainda segundo o laudo oficial da perícia técnica, durante a primeira facada que Aline recebeu, o corpo estava na posição acocorada, popularmente conhecida como "de quatro". Segundo especialistas em crimes de estupro, o traficante provavelmente teria tentado obrigar Aline a realizar sexo anal, que possivelmente foi rejeitado pela garota, resultando no primeiro golpe com a faca. O traficante, tendo ferido Aline seriamente, não viu alternativa a não ser terminar de matá-la. Para disfarçar, o assassino colocou o corpo de Aline em posição deitada sobre a lápide (pelas fotos da perícia e rastros de sangue, pode-se atestar que o corpo foi movido APÓS a sua morte) para tentar atrapalhar as investigações.

Quando o corpo foi encontrado, os policiais começaram as investigações pelos locais em que Aline se hospedou e em uma das repúblicas foram encontrados alguns livros de RPG, que o delegado, evangélico confesso, classificou como "material satanista". A partir disto, um vereador oportunista chamado Bentinho Duarte (sem partido) viu nisso uma chance de se promover realizando terrorismo psicológico e, junto com o Promotor Fernando Martins (conhecido por ter tentado proibir a distribuições de jogos como Duke Nuken e Carmagedon), moveu ação contra as empresas Devir Livraria e Daemon editora tentando a proibição de 3 títulos (Vampiro: a Máscara, Gurps Illuminati e Demônios: a Divina Comédia).

Resumindo: um crime que não teve nada a ver com RPG, mas sim com DÍVIDA DE DROGAS resultou até agora na prisão de 4 garotos injustamente (que NÃO são jogadores de RPG, fato comprovado pela mãe da vítima em depoimento ao vivo na rede Bandeirantes de TV) e um completo show de aberrações e absurdos na mídia.

GUARAPARI
Polícia Civil do Espírito Santo prendeu, na noite de 12 de Maio de 2005, dois acusados pelo assassinato do aposentado Douglas Augusto Guedes, da mulher dele, a corretora de imóveis Heloísa Helena Andrade Guedes, e do filho do casal Tiago Guedes, em Guarapari. Os corpos dos três foram encontrados amarrados e deitados em camas no dia 5 de maio. Na mesma data, eles foram sepultados.

O delegado da Divisão de Homicídios de Guarapari, Alexandre Linconl, evangélico, disse ao Portal Terra que os assassinos MAYDERSON DE VARGAS MENDES, 21 anos, e RONALD RIBEIRO RODRIGUES, 22, confessaram que eles mataram a família motivados pelo jogo, mas essa "confissão" não ocorreu imediatamente após o crime.

O crime que Mayderson e Ronald cometeram é o de LATROCÍNIO QUALIFICADO E PREMEDITADO, ou seja, mataram para roubar de uma maneira cruel e sem dar chance de defesa às vítimas, com premeditação. Esse é um crime hediondo, sendo julgado e condenado diretamente por um juiz criminal. Ambos os acusados já tinham ficha criminal (ambos estão respondendo processo por Porte ilegal de Arma).
O que o advogado de defesa da dupla estava fazendo era alegar que eles cometeram o crime influenciado pelo jogo e, com essa ação, tentar reverter o crime para Homicídio Simples, baseado no tal jogo que ninguém sabe o que é. Com isso, os assassinos iriam para um júri popular, que poderia ser muito bem influenciado por todo esse novo circo que a mídia sensacionalista armou e, jogando a culpa em cima do RPG, poderia até inocentar os "pobres coitadinhos vítimas do jogo" Mayderson e Ronald...

O que tem de ficar bem claro é o seguinte: os criminosos entraram na casa, apontaram armas para Tiago e sua família, doparam a família sob a mira do revólver, levaram o garoto até o caixa eletrônico onde roubaram R$ 4.000,00 de sua poupança e depois executaram friamente a família com tiros na cabeça, para não serem reconhecidos. A história do "RPG" só apareceu dois dias depois que os assassinos foram capturados pela polícia, sob orientação do advogado de defesa da dupla.
É bom lembrar, já que a mídia "esqueceu", que, graças à intervenção da Daemon Editora e da conversa de Marcelo Del Debbio, escritor especialista em Role Playing Games, com o delegado de Guarapari ao vivo em uma entrevista na Rede Bandeirantes de TV, o advogado de defesa da dupla abandonou o caso, deixando os dois criminosos sem advogado à espera de um defensor público.

Com estes textos, podemos começar a nos defender dos três falsos "crimes do RPG". Já está na hora destas informações serem passadas para jornalistas sérios que queiram nos ajudar a fazer a verdade aparecer.


Abraços fraternais

Daemon Editora

23.11.05

The Crims

www.thecrims.com

Isso, parece até uma piada com “The Sims” e, de fato, é. Mas o que seria “crims”? Quem tiver uma imaginação um pouquinho fértil vai perceber que é de Criminals!

Isso! Com a febre lançada por GTA, por que não um mmrpg (massive multiplayer roleplaying-game) no mesmo estilo? Com ele você pode aflorar seus instintos mais devassos. Pode ser um cafetão e cuidar de suas putas, um gangster, um empresário não usual, um ladrão, seqüestrador, enfim tudo o que há de mais hediondo em nossa sociedade. E sabe o que é o pior de tudo isso? É que é legal!

Isso! É legal o desafio de encarar de frente a lei em diversos aspectos. Nele você pode fazer tudo de ruim e sair ileso e mais rico, fora o respeito adquirido dentro do submundo. Formam-se gangs que assolam os bancos e os empresários. Além de grandes cartéis de tráfico de drogas, de armas e de pessoas. No quesito divertimento ele é bom jogo.

Porém ele foge completamente à ética. Não é nem preciso explicar o porquê. Além disso há uma falha terrível no controle de um jogo como esse: ele pode ser acessado facilmente por menores de 18 anos. Sem querer ser moralista, mas é claro que um jogo assim não é boa influência para uma criança que se julgar pré-aborrecente de 10 anos.

Creio que apenas maiores de 15 é que deveriam ter acesso a um jogo assim devido a consciência mesmo. É divertido? Sim! Mas todo divertimento deve ser responsável, pois senão alguém pode confundir o jogo com a realidade (e por incrível que pareça existem muitas pessoas assim) e ai, na prisão real, não vão perder apenas atributos, mas sim coisas muito mais valiosas: tempo e liberdade.

Mas apesar disso, vou joga-lo e vez por outra faço um comentário de meus progressos/impressões!

22.11.05

Texto Legal pela Internet - 2

Céu e Inferno

Um Samurai corajoso e de temperamento violento foi a um mosteiro à procura de algumas respostas para suas inquietações. Lá foi recebido por um monge jovem e franzino. Olhando o frágil corpo vestido com uma roupa cor ocre, o Samurai disse, prepotente:
- Quero saber sobre o céu e o inferno.
O monge olhou para o guerreiro e respondeu com enorme desprêzo:
- Ensinar-lhe sobre o céu e o inferno? Como poderia ensinar alguma coisa? Olhe para você mesmo: imundo, malcheiroso. Você envergonha os samurais. Saia daqui! Não suporto a sua presença!
O samurai atônito a princípio, foi tomado de fúria e tremia de ódio, com o rosto cor de púrpura e os lábios trêmulos. Tentava em vão balbuciar algumas palavras. Puxou a espada violentamente e preparou-se para cortar a cabeça do pequeno monge.
- O Inferno é isso - disse o monge fixaando-o nos olhos docemente.
O samurai deteve a espada no ar assombrado. A dedicação ao serviço e a fraternidade compassiva do monge o levaram a arriscar a própria vida para que ele sentisse o inferno. O guerreiro sentiu o coração aquecido pelo sentimento de gratidão e companheirismo. Olhou para o monge, com a mente pacificada.
- Isso é o céu - disse o monge, com serenidade.

21.11.05

Texto Legal pela Internet - 1

Sabe aqueles textos muito legais que se encontram pela internet? Poisé, aqui vai um deles:

O Quebrador de Pedras Era uma vez um simples quebrador de pedras que estava insatisfeito consigo mesmo e com sua posição na vida. Um dia ele passou em frente a uma rica casa de um comerciante. Através do portal aberto, ele viu muitos objetos valiosos e luxuosos e importantes figuras que freqüentavam a mansão. "Quão poderoso é este mercador!" pensou o quebrador de pedras. Ele ficou muito invejoso disso e desejou que ele pudesse ser como o comerciante.
Para sua grande surpresa ele repentinamente tornou-se o comerciante, usufruindo mais luxos e poder do que ele jamais tinha imaginado, embora fosse invejado e detestado por todos aqueles menos poderosos e ricos do que ele. Um dia um alto oficial do governo passou à sua frente na rua, carregado em uma liteira de seda, acompanhado por submissos atendentes e escoltado por soldados, que batiam gongos para afastar a plebe. Todos, não importa quão ricos, tinham que se curvar à sua passagem.
"Quão poderoso é este oficial!" ele pensou. "Gostaria de poder ser um alto oficial!"
Então ele tornou-se o alto oficial, carregado em sua liteira de seda para qualquer lugar que fosse, temido e odiado pelas pessoas à sua volta. Era um dia de verão quente, e o oficial sentiu-se muito desconfortável na suada liteira de seda. Ele olhou para o Sol. Este fulgia orgulhoso no céu, indiferente pela sua reles presença abaixo.
"Quão poderoso é o Sol!" ele pensou. "Gostaria de ser o Sol!"
Então ele tornou-se o Sol. Brilhando ferozmente, lançando seus raios para a terra sobre tudo e todos, crestando os campos, amaldiçoado pelos fazendeiros e trabalhadores. Mas um dia uma gigantesca nuvem negra ficou entre ele e a terra, e seu calor não mais pôde alcançar o chão e tudo sobre ele.
"Quão poderosa é a nuvem de tempestade!" ele pensou "Gostaria de ser uma nuvem!"
Então ele tornou-se a nuvem, inundando com chuva campos e vilas, causando temor a todos. Mas repentinamente ele percebeu que estava sendo empurrado para longe com uma força descomunal, e soube que era o vento que fazia isso.
"Quão poderoso é o Vento!" ele pensou. "Gostaria de ser o vento!"
Então ele tornou-se o vento de furacão, soprando as telhas dos telhados das casas, desenraizando árvores, temido e odiado por todas as criaturas na terra. Mas em determinado momento ele encontrou algo que ele não foi capaz de mover nem um milímetro, não importasse o quanto ele soprasse em sua volta, lançando-lhe rajadas de ar. Ele viu que o objeto era uma grande e alta rocha.
"Quão poderosa é a rocha!" ele pensou. "Gostaria de ser uma rocha!"
Então ele tornou-se a rocha. Mais poderoso do que qualquer outra coisa na terra, eterno, inamovível. Mas enquanto ele estava lá, orgulhoso pela sua força, ele ouviu o som de um martelo batendo em um cinzel sobre uma dura superfície, e sentiu a si mesmo sendo despedaçado.
"O que poderia ser mais poderoso do que uma rocha?!?" pensou surpreso.
Ele olhou para baixo de si e viu a figura de um quebrador de pedras.

3.11.05

Tentativa de Resenha da Vez

Crônicas de Narnia: o Leão, a Bruxa e o Armário é o primeiro livro de 7 livros que narram as “Crônicas de Narnia” (duh!) de C. S. Lewis. É um épico infantil bem ao modo “the Hobbit” de ser. Narra a história de quatro irmãos que são mandados pelos pais a casa de um professor que mora no interior da Inglaterra, porque em Londres havia o bombardeio alemão da Segunda Grande Guerra. A casa possuía segredos que até o seu dono, o professor, desconhecia. Um desses segredos, pelo menos o primeiro deles, é o armário (wardrobe).
O armário é uma passagem para Narnia, reino governado pela Bruxa Branca que impõe sua vontade transformando seus inimigos em pedra. É nesse mundo estranho, no qual os humanos eram considerados lendas, que a história se desenvolve. Os quatro irmãos após muitas aventuras fazem cumprir uma antiga profecia e se tornam reis de Narnia. Após muitos anos eles voltam para casa e descobrem que toda a vida que tiveram dentro daquele mundo do armário fora apenas poucos segundos do lado de cá do armário.
Os livro é bom para seu estilo. É pequeno, por volta de 80 páginas, e sua narrativa é leve e bastante direta. Há também um narrador que se intromete um pouco na história fazendo comentários que crianças fariam ou então adultos moralizadores, mas que no geral são legais.
O que tira um pouco a graça são alguns clichê como o do sacrifício do grande herói Aslan para salvar uma das crianças, de uma mágica legítima que favorece a bruxa e do traidor arrependido que quase morre para salvar a todos.
Outra coisa. Se a presença das crianças naquele mundo não fez tanta diferença assim no desenrolar da guerra, então por que os inimigos da bruxa não a tinham enfrentado antes? Aslan demonstrou ter poder para isso e muito mais.
No mais é uma boa leitura para as horas vagas. Você não vai morrer sem ele, mas lê-lo dará alguns instantes de um prazer ingênuo como os heróis dessa história.