tecas pra que te quero?
Pra não perder o hábito, hei de falar da faculdade.
Quando se imagina bibliotecas federais, certamente a visão que vem é de um lugar cheio de pessoas desarrumadas com problemas de rinites e bibliotecárias fofoqueiras. Ah, e também alguns livros, cujo estado varia de uma coleção de folhas até um novo (isso mesmo, pasmem! Existem livros novos nas federais, mas são exemplares raríssimos e quase nunca são vistos). Mas essas cenas podem ser vistas apenas nas bibliotecas dos centros. Existe um lugar que foge a essa regra: a Biblioteca Central.
Vulgarmente chamada de BC, este lugar simpático está longe de todos os centros, mesmo que fique equidistantemente longe de todos. Depois de um inventário de 4 meses, observou-se que não só os livros foram afetados, mas a estrutura do lugar em si. Banheiros piores do que o do Centro de Educação e bebedouros e computadores quebrados. Umas poucas cadeiras com mesas inclinadas, além de pouquíssimas pessoas que ninguém sabe de onde são habitam aquele lugar.
Os livros lá possuem mais estados além dos supracitados. Lá existe o estado petrificado, no qual os livros quebram (!) as folhas caso mal manuseados. Existem alguns, a maioria, que estão sem capa lateral, o que torna qualquer busca naquele lugar bastante demorada. Num lugar como aquele livros mais antigos estão semi-destruídos. Acho que foi para perceber isso que fizeram um inventário.
Mas existem exceções! Ontem descobri uma. Um livro em inglês, que espanta muita gente, de economia, que espanta mais gente ainda, capa roxo/rosa desbotado, o que espanta mais mais ainda, e de 45 anos de idade. Era para ele com marcas e buracos causados por traças, mas não. Ele está novinho em seu interior. Nada parece tê-lo afetado dentro de suas páginas, que segundo um papel antigo só saiu dali 3 vezes, duas em 1985 e outra em 1997. Apenas alguns efeitos como um pouco de sugeira pode-se encontrar na capa, mas ela está inteira, ainda tem todas as pontas quase intactas.
Isso revela muita coisa. Para os livros ficarem intactos basta eles serem em alguma língua estranha e sobre temas chatos. Ai ninguém vai pegá-los e eles vão sempre estar novinhos, já que é essa a intenção das bibliotecas, manter livros juntinhos e novinhos. Mas as vezes acho que se aquele lugar fosse explorado comercialmente também seria melhor. Acho que 50 centavos por livro com direito a duas semanas já ampliaria bastante o acervo e evitaria a depredação da maioria dos livros.
Sei não... talvez um real seja melhor... quando eu estiver fazendo meu doutorado em economia, divagarei mais sobre isso.
Quando se imagina bibliotecas federais, certamente a visão que vem é de um lugar cheio de pessoas desarrumadas com problemas de rinites e bibliotecárias fofoqueiras. Ah, e também alguns livros, cujo estado varia de uma coleção de folhas até um novo (isso mesmo, pasmem! Existem livros novos nas federais, mas são exemplares raríssimos e quase nunca são vistos). Mas essas cenas podem ser vistas apenas nas bibliotecas dos centros. Existe um lugar que foge a essa regra: a Biblioteca Central.
Vulgarmente chamada de BC, este lugar simpático está longe de todos os centros, mesmo que fique equidistantemente longe de todos. Depois de um inventário de 4 meses, observou-se que não só os livros foram afetados, mas a estrutura do lugar em si. Banheiros piores do que o do Centro de Educação e bebedouros e computadores quebrados. Umas poucas cadeiras com mesas inclinadas, além de pouquíssimas pessoas que ninguém sabe de onde são habitam aquele lugar.
Os livros lá possuem mais estados além dos supracitados. Lá existe o estado petrificado, no qual os livros quebram (!) as folhas caso mal manuseados. Existem alguns, a maioria, que estão sem capa lateral, o que torna qualquer busca naquele lugar bastante demorada. Num lugar como aquele livros mais antigos estão semi-destruídos. Acho que foi para perceber isso que fizeram um inventário.
Mas existem exceções! Ontem descobri uma. Um livro em inglês, que espanta muita gente, de economia, que espanta mais gente ainda, capa roxo/rosa desbotado, o que espanta mais mais ainda, e de 45 anos de idade. Era para ele com marcas e buracos causados por traças, mas não. Ele está novinho em seu interior. Nada parece tê-lo afetado dentro de suas páginas, que segundo um papel antigo só saiu dali 3 vezes, duas em 1985 e outra em 1997. Apenas alguns efeitos como um pouco de sugeira pode-se encontrar na capa, mas ela está inteira, ainda tem todas as pontas quase intactas.
Isso revela muita coisa. Para os livros ficarem intactos basta eles serem em alguma língua estranha e sobre temas chatos. Ai ninguém vai pegá-los e eles vão sempre estar novinhos, já que é essa a intenção das bibliotecas, manter livros juntinhos e novinhos. Mas as vezes acho que se aquele lugar fosse explorado comercialmente também seria melhor. Acho que 50 centavos por livro com direito a duas semanas já ampliaria bastante o acervo e evitaria a depredação da maioria dos livros.
Sei não... talvez um real seja melhor... quando eu estiver fazendo meu doutorado em economia, divagarei mais sobre isso.
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