4.2.06

Gosto não se discute

“Gosto não se discute”. E lá estava encerrada a cadeira de filosofia cuja proposta era discutir o que era estética. Conclusões: o trágico poder ser cômico que pode ser tudo. O belo é uma abstração masturbadamente individussocial. Nós damos valor monetário ao que é belo. O que não se entende não pode ser belo. E não chegamos a conclusão alguma.

Talvez seja uma tendência das turmas de comunicação isso. Serem de opiniões tão diversas que mesmo sendo iguais não se pode aceitá-las só porque são de outro. Afinal seria dar crédito a concorrência. Isso não é permitido. Por isso vamos ser marxistas chatos por natureza cheios de vontade de mudar o mundo. E não vamos... não temos interesse nisso e nem pode ser feito por nós. Mas é o nosso “dever moral como jornalistas”.

Vou lembrar disso. Mesmo que eu termine como um facista (como uma colega me chama) ou como um anarquista. Tenho dever moral de mudar alguma coisa em minha vida e na sociedade que me cerca. De uma lampada queimada a toda uma conjuntura social e econômica. Aquele japa americano falou em fim da história? Eu prefiro a destruição da história que está excessivamente materialista-histórica em prol de um futuro idealizado que seria talvez não mais justo, mas pelo menos mais meiguinho e estético.

Mas aí lembro que gosto não se discute. Como então fazer um futuro sem poder discuti-lo. Que droga, temos que discutir isso!