24.6.06

Porque não fazem mais histórias com finais?

Não sei porque, mas acho que está em moda sem incompleto e chamar isso de estilo. Nas novelas dá para perceber isso em Belíssima, onde o Sílvio de Abreu brinca com meias informações inúteis e polêmicas tentando criar uma teia inexistente. No fim, ele dará um arremate e com 5 frases e uma única cena, toda a trama irá a baixo.

Percebi isso também em desenhos, como em cowboy bebop onde 26 episódios apresentam 24 tramas superficiais (há duas tramas que duram 2 episódios). No começo pode até ser legal, mas depois enche! Pior que os japas tem um complexo de fillers que é de doer. Lá os animes são lançados depois dos mangás e não podem alcançá-los. Quando os animes alcançam os mangás, eles param a história e ficam em cima de inúmeros flashbacks e histórias alternativas criadas a esmo. Enchimento de lingüiça, mata!

Além disso, há a turminha da literatura. Eles são os piores. Eles destroem a linearidade dizendo ser mais legal uma história quebrada (como memórias póstumas de Brás Cubas). Eles criam finais que não terminam ou que dão margem as continuações. O guia do Mochileiro das Galáxias é um exemplo de final inacabado... por que diabos o autor não termina num só livro?! Em Musashi eu até entendo a divisão em dois por causa do tamanho. Mas isso não dá direito do livro não terminar no seu final.

Finais são feitos para serem finais. Portanto eles tem que acabar algo, preferencialmente de uma forma alegre e feliz, e não brincar com a cara do leitor ou convidá-lo a próxima temporada. Assim digo, ponto.